Os casos de violência como assaltos e arrastões são cada vez mais comuns, principalmente nas capitais brasileiras, e isso pode causar problemas psicológicos como a síndrome do pânico.

Segundo a Psicóloga Carolina Veras do Espaço Vitale, a violência do dia a dia faz com que as pessoas fiquem mais alertas e preocupadas, gerando estresse e ansiedade. Se a pessoa já tem predisposição genética para ser ansiosa, casos de problemas psicológicos são provocados pelo aumento dessa ansiedade.

“Quando a pessoa já está ansiosa e acontece o estímulo do ambiente como a violência, a ansiedade piora. Isso pode acarretar problemas como a Síndrome do Pânico, Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), ansiedade generalizada e Transtorno do Estresse Pós-Traumático (TEPT)” explica.

Apesar disso, Caroline conta que é preciso diferenciar crise de pânico de ansiedade propriamente dita.

Muita gente não sabe, mas são coisas totalmente diferentes. A ansiedade é uma reação natural a uma preocupação como coração disparado. Já a crise de pânico é o medo dessas reações; a pessoa sente esse sintoma de ansiedade e sente medo, acha que vai enlouquecer, enfartar, morrer”, detalha.

Quando o problema começa a causar prejuízo social, é preciso procurar um psicólogo. “A Síndrome do Pânico vem, às vezes associada à agorafobia (medo de lugares onde a pessoa não se sinta segura). A terapia vai ajudar o paciente a entender que os sintomas da ansiedade são desagradáveis, mas não são perigosos. Quanto preciso, fazemos tratamento em parceria com um Psiquiatra, que receita medicações”, diz.

Estresse e ansiedade a longo prazo, segundo Carolina, podem causar pressão alta, obesidade e compulsão alimentar.

TRATAMENTO SEM INTERRUPÇÕES:

Moradora de Belo Horizonte, a musa fitness Jordana Guimarães teve síndrome do pânico após ser assaltada três vezes na capital mineira. “Tenho medo de ir à rua, Parece que estou entrando numa zona de guerra, em que corremos riscos de vida. Isso me causa pânico, cheguei a procurar um médico que me disse que eu estava com princípio de síndrome do pânico. Tomei remédio por um tempo e continuei com medo de viver. Por isso, o medo de sair à rua continua. Em vez de ir ao médico, quero buscar um melhor logar para viver”, conta ela, que pensa em sair do Brasil.

Carolina aconselha que o tratamento não seja interrompido sem autorização. “A terapia e a medicação ajudam muito, mas é preciso fazer o tratamento até o fim. Os remédios receitados pelo psiquiatra geralmente um antidepressivo tarja vermelha e um ansiolítico, não causam dependência se usados da forma correta.